A osteoartrose, também conhecida como artrose, é uma doença que afecta as articulações, sendo já uma situação crónica (que se mantém no tempo) e degenerativa, que se define pelo desgaste da cartilagem articular.

Clinicamente, os sintomas mais reconhecidos à osteoartrose são a dor localizada na articulação comprometida, rigidez matinal ou dificuldade em realizar movimentos, crepitação óssea ou sensação de estalidos na articulação durante o movimento da mesma, falta de força.  Estes sintomas tendem a agravar-se mais de manhã ou após longos períodos sem movimento.

Em termos de exames complementares de diagnóstico, como por exemplo na radiografia articular, é observado estreitamento do espaço intra-articular o que promove maior fricção na articulação, formações de osteófitos, esclerose do osso subcondral e formações quísticas.

É uma doença muito comum e manifesta-se entre 44% e 70% dos indivíduos acima de 50 anos de idade; na faixa etária acima de 75 anos, esse número eleva-se a 85%. As articulações dos joelhos e mãos são das mais afectadas, assim como a coluna. Além disso, representa uma das principais queixas da consulta médica e é responsável por um número exorbitante de baixas e reformas por invalidez.

O tratamento conservador é o mais indicado, seja na situação mais inflamatória ou mais crónica. O tratamento cirúrgico reserva-se aos casos mais extremos onde não se verificou melhoria com o tratamento prévio.

Uma das formas de abordar os casos de osteoartrose é a realização de exercícios clínicos, personalizados e ajustados à patologia, articulação e condições intrínsecas do indivíduo, tanto na gestão da dor como na manutenção da qualidade de vida.

A fisioterapia, na sua complexidade pode actuar ao nível da terapia manual, utilizar meios para reduzir a inflamação, reeducação da postura através de exercícios e técnicas posturais, promover o ganho de força, entre outros, dependendo da especificidade do caso.

A redução dos fatores mecânicos sobre a articulação normalmente associados à rotina diária do indivíduo, e ainda terapias alternativas podem proporcionar à pessoa melhorias no quadro álgico e manutenção da função articular, o que reflete principalmente no ganho de qualidade de vida dessas pessoas.

Se a sua qualidade de vida diminui drasticamente com estes sintomas, aconselhe-se o seu terapeuta do movimento.

Fisioterapeuta Ana Guedes