Deixamos-lhe as dicas que achamos imprescindíveis no caso de pretender controlar a sua compulsão por doces:

1. Evitar restrições excessivas – uma redução drástica da sua ingestão, em particular de alimentos ricos em hidratos de carbono, muito comum em quem pretende emagrecer, vai fazer com que o seu corpo acabe por pedir “combustível”, aumentando a necessidade por doces e o risco de um consumo quase compulsivo, que não consegue controlar. Um défice calórico controlado e adequado a si é essencial para garantir este equilíbrio.
2. Limitar a disponibilidade em casa/trabalho – se sabe que tem aquela bolacha ou chocolate no armário, vai ficar a pensar que o devia consumir. Se for algo pontual, não tem qualquer problema, a questão é o somatório de todos os “extras” que vai tendo ao longo da semana e do mês, que fazem com que os resultados não apareçam. Se não tiver disponível, a probabilidade de consumo será reduzida.
3. Redução gradual do consumo – quanto maior o consumo de alimentos ricos em açúcar, maior a necessidade do nosso corpo pelo doce. Uma redução gradual da ingestão destes alimentos vai fazer que, com o tempo, sinta cada vez menor necessidade. Por exemplo, se consome bolos de pastelaria ou chocolate 3x por semana, opte por passar a consumir apenas 1x ou se coloca 1 pacote de açúcar no café reduza para metade, umas semanas depois já conseguirá reduzir para ¼ uma vez que o seu paladar já se adaptou.
4. Consumo adequado de fibra – o consumo de fibra, presente nos hortícolas, frutas e cereais integrais vai ajudar a estabilizar os níveis de açúcar do nosso sangue, aumentando a saciedade e a necessidade do corpo de “mais açúcar”. Inclua um bom prato de sopa e/ou de legumes/salada no prato, pelo menos 2 frutas e cereais como a aveia ou pão integral no seu dia alimentar.
5. Dormir bem – o sono adequado (em qualidade e quantidade – 7 a 8h/noite) está associado à regulação da grelina e leptina, hormonas responsáveis pelo controlo de apetite. Indivíduos que dormem pouco ou têm um sono pouco reparador, têm maior necessidade de alimentos palatáveis (saborosos), ricos em açúcares e/ou gorduras, que em nada favorecerão a sua saúde.
6. Não compensar as emoções na comida – é importante perceber se há fatores emocionais que estão a despoletar esta necessidade de compensação no doce. Afinal, o açúcar vai aumentar a sensação de prazer e bem-estar! Mas lembre-se que é algo momentâneo e a seguir virá a frustração. Sempre que se sentir triste ou ansiosa (o) procure fazer algo que o relaxe como caminhar, ler ou ouvir música, mantendo-se longe dos doces uma vez que se trata de uma fome emocional e não fisiológica.

 

Nutricionista Maria Inês